domingo, 4 de maio de 2008

Às Vezes, pela noite



«Ás vezes, enquanto descia as escadas, Maria Rosa ia olhar para a Ronda e, apoiada à sua bengala, olhava para Saskia vendo nela parecenças com Margô. "Era destas mulheres em que não se apaga o pecado original", pensava. No fundo, são precisas cem vidas para ajuizar duma pessoa...».


Agustina, "A Ronda da Noite"

1 comentário:

César Paulo Salema disse...

Às vezes, à noite, os corpos sentem-se trocados, olhados de trás para a frente, temerosos de tanto breu.
Às vezes de noite, os dias são diferentes e as horas vivem trocadas à espera de um amanhecer que nos traga os nomes certos.
Porque, por vezes, à noite, os homens viram mulheres, as fêmeas viram machos, os gatos viram cães,as Saskias viram Margôs...