Nesse instante o mundo desapareceu mesmo.
Nem a biblioteca os incomodava, nem os livros e leitores que ali entravam e dali saiam os constrangiam.
O beijo dela sabia ao suor dele.
O desejo dele sabia ao toque dela.
Dois em um.
Um apego físico pairava no ar.
Um corvo negro sobrevoou-os mas eles não o viram.
Exploravam os cantos um do outro, agarravam-se, quais sobreviventes, à esperança um do outro...
De repente, ela acordou daquele vulcão em que tinha mergulhado.
Pensou no namorado e viu as suas íris negras, recordou a imagem que tinha do homem primeiro que beijara, da promessa de amor eterno que lhe havia feito...
Ninguém ainda a conhecera em pleno. Nem este nem o primeiro.
O vento soprou mais forte do que o habitual e ele parou o toque selvático.
Olharam-se.
Temeram-se.
PM - continua, por favor!
2 comentários:
Continuem os dois... Por favor!
Realmente, há que continuar..
Como é natural, estamos à espera do epílogo do beijo ( de preferência sem estertor).
Muito conseguida esta sintonia a "quatro mãos".
Bj.
C (EN)
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