segunda-feira, 23 de junho de 2008

Meu cavalo alado

Trocas-me as mãos com o teu galope
Voas-me, embaraçado, pelas tuas crinas
Afugentas os meus demónios
E corres, veloz, em busca do meu trote...
Onde estás, cavalo meu?
... à solta do meu peito,
perto do canto mais estreito dos meus dedos,
longe da esquina mais larga do meu espanto

Quem te deu asas,
quem te feriu de voz e pena,
quem te trouxe encavalitado na minha dor,
quem te fez meu, mesmo sem asas?