terça-feira, 3 de junho de 2008

Veva

Genoveva bateu à porta da casa do vizinho pedindo uma esmola que sobrava àquele. O filho espreitava-lhe o joelho e acomodava-se assustado.

Lá dentro, a mulher e a sogra do vizinho brincavam com a menina da casa, enquanto aguardavam pelo jantar que já não tardava.


A época balnear começara mas Genoveva não tinha direito a ver o mar.






Restava-lhe o verde da rotina da aldeia que a deixava farta de fome, longe de todos, perto do vazio...

1 comentário:

Anónimo disse...

Parece que a passiflora pegou na sua deixa e evadiu-se do vazio.
Uma história não deixa de ser continuação da outra.
Belas ambas.
O Eu do Espelho.