segunda-feira, 14 de julho de 2008

Estás aí para mim



Estás aí para mim,
tu que me tiras o fôlego
e o ar pleno de ternura que da minha impaciência brota.
Estás aí para mim,
segura como uma folha cadente,
Como uma saia rota,
que nunca haverás de vestir, em tempo frio, em tempo quente...
Estás aí para mim,
pertences-me como o mar pertence à gota que o liquefaz,
como a guerra pertence à sombra da nossa paz.
Estás aí para mim,
Insegura na tua incerteza de chave certa,
Serena na tua insensatez de porta aberta,
Nebulosa na tua impacatez de fêmea liberta.
Estás aí para mim.
Eu sei.
Até ao fim.

E eu?
Estarei para ti?

2 comentários:

Anónimo disse...

Permitido entrar...?

Bj.
C(EN)

Guilherme Salem disse...

Eu acho que sim...
Restabelece o fôlego.