Judith Cortesão (filha de Jaime Cortesão) morreu em Genebra em 2007.
Eu, confesso, nada sabia da senhora até hoje.
Não fiquei com dúvida nenhuma que merece uma homenagem.
Agradeço ao caro Manuel António Pina a apresentação.
Transcrevo uma parte do texto dele, publicado na sua crónica na "Noticias Magazine".
«Cidadã de ideias mais do que de países, professora, médica, ecologista, escritora, Judith Cortesão tinha seis diplomas universitários - Medicina, Letras, Biologia, Antropologia, Biblioteconomia e Climatologia - e falava 14 línguas, incluindo chinês e árabe. Leccionou em universidades de 16 países. Integrou várias comissões da UNESCO, e as da ONU sobre Poluição Marinha de Origem Terrestre, no Quénia, e do Património da Humanidade, no Canadá; representou, além do Brasil, o Peru, o Uruguai e a Inglaterra em congressos internacionais de Medicina, Literatura e Educação.Já com setenta anos, ainda participou em duas expedições à Antárctida. Tinha condecorações da NASA e do governo brasileiro. No Brasil há uma Casa Judith Cortesão dos Povos de Língua Portuguesa. Portugal sempre foi pequeno de mais, e ocupado de mais com outra gente, para se lembrar de pessoas como ela».
Não sei se, além de saberem quem foi, conheciam estes factos. Eu não.
O país também não, estou em crêr, pelo menos a maioria em que nos integramos.
Porque, de facto, os nossos "famosos" são aqueles seres (simpáticos a maioria, sem dúvida)ignorantes e inúteis que os meios de comunicação insistem em nos fornecer à exaustão com a desculpa que é sobre eles e sobre a sua vidinha que estamos interessados. Portugal, nãos sendo único, tem uma galeria da "Fama" muito medíocre e patética. Nem um quadradinho guardam para personalidades como esta.
Agradeço ao Manuel António Pina ter posto termo a esta fatia da minha ignorância, e ter-me dado mais um motivo para questionar, e criticar, a grelha de valores e adulações que nos são impostas, quase sem alternativa.
4 comentários:
Eu também a desconhecia por completo. Obrigada pela partilha.
E..."shame on me".
às vezes, sinto-me uma "moranguita"( de acordo com a tua versão delas).
Bj.
C(EN)
Foi um prazer partilhar esta descoberta humana a.m.
E, apenas uma risada para ti C(En)..."moranguita"...TU ? nem que te esforces.
Muito bem. Grande Judith Cortesão. Ouvi falar desta senhora, uma vez, na RTP2, e fiquei muito bem impressionado. Gostei da lembrança!
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