(onde as pétalas se tocam, onde os amigos se cruzam, onde os sentidos se misturam)
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
A grande Luz e a pequena (Maria da) Luz
A luz da mágoa da noite soltou amarras nos interstícios da feira cabisbaixa, a que O'Neill cantou, a que a pequena Luz visitou, só, amarrotada pelos pingos de néon que tombavam sobre a sua pequena cabeça cheia de precoces caracóis... De uma noite fez-se, então, um dia, o outro lado da Luz que não se via.
Os dias e as noites passam por mim, pelo caule que me acrescenta, pela corola que me sossega. A flor que sou nunca me cansou. Só a pressa com que me escapo, sem saber para quem cresco sem lembrar de quem me pega sem amaldiçoar quem pela raiz me arrancou sem agradecer a quem, enfim, tardiamente me regou...
1 comentário:
A luz que nasce do escuro (luminosa sombra) é encantadora, tal como a da Maria. Muito belo.
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