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Um gato, em casa, sozinho, sobe
à janela para que, da rua, o
vejam.
O sol bate nos vidros e
O sol bate nos vidros e
aquece o gato que, imóvel,
parece um objecto.
Fica assim para que o
Fica assim para que o
invejem - indiferente
mesmo que o chamem.
Por não sei que privilégio,
Por não sei que privilégio,
os gatos conhecem
a eternidade.
Nuno Júdice
Assinando a Pele, Assírio & Alvim, 2001
1 comentário:
Ora aí está algo que é bem verdade.
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