Quando o herói deles é a heroína dos outros...
segunda-feira, 26 de abril de 2010
quinta-feira, 22 de abril de 2010
segunda-feira, 19 de abril de 2010
sábado, 17 de abril de 2010
«Anateresa» (leia-se rápido)
O transtorno que pode fazer uma nuvem... ou um vulcão enfurecido porque mal acordado!
Somos tão «piquenos», Santo Deus...
Um Eu
Quando eu nasci
Ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias
Nem o Sol escureceu
Nem houve estrelas a mais…
Somente,
Esquecida das dores,
A minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
Não houve nada de novo senão eu.
As nuvens não se espantaram,
Não enlouqueceu ninguém…
Para que o dia fosse enorme,
Bastava
Toda a ternura que olhava
Nos olhos de minha Mãe…
(Sebastião da Gama)
Ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias
Nem o Sol escureceu
Nem houve estrelas a mais…
Somente,
Esquecida das dores,
A minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci,
Não houve nada de novo senão eu.
As nuvens não se espantaram,
Não enlouqueceu ninguém…
Para que o dia fosse enorme,
Bastava
Toda a ternura que olhava
Nos olhos de minha Mãe…
(Sebastião da Gama)
lido no blog da Adelaide
sexta-feira, 16 de abril de 2010
O amargo doce de terra
Senhor, nesta terra amarga
Sim, pode ser tão frio
Hoje sou jovem
Muito cedo, estarei velho
Mas, enquanto uma voz dentro de mim chora
Tenho a certeza de que alguém pode responder ao meu apelo:
E esta terra amarga
não pode
ser tão amarga depois de tudo...
(Dinah Washington cantando This bitter Earth, no genérico final de um filme de culto, Shutter island, de Martin Scorsese)
Etiquetas:
Os filmes da minha vida
segunda-feira, 12 de abril de 2010
A poesia nos pés
Isto é colossal...
Mais faz pela doença - cancro da mama - do que mil palavras ou campanhas...
sexta-feira, 9 de abril de 2010
O HORROR
HORROR...foi o que pensei quando vi a reportagem na tv sobre o concerto dos Tokio Hotel no Atlântico. E da reportagem da sessão de autógrafos...Meu Deus...adolescentes, muito novas, a chorar porque se aproximaram dos seres que compõem a banda. Uma a dizer que nunca mais iria lavar o braço onde um deles assinara o nome....choravam, gritavam, Histéricas. O fenómeno não é novo, mas hoje em dia dá mais que pensar. Onde andam aquelas cabecinhas tontas e simples ? que esperar das mesmas no futuro ? NADA digo eu. E que venham os psicólogos e pedopsiquiatras com as suas habituais desculpas e considerações benevolentes...(estão apenas a vender o seu produto)...Vomito neles.
Arrepiou-me ver aquelas raparigas todas, feitas loucas, atrás de uma assinatura (tipo carimbo) de um bando de jovens, andróginos e imbecis, como se aquilo fosse a sua razão de viver. Esta malta jovem está tola e não vai ter remédio...porque naquelas idades é dificil recuperar de tanta toleira. Ainda por cima os progenitores ajudavam...todos muito compreensivos (tal como o são quando a cria bate no professor e etc) e muito solidários e modernos.
Uma deprerssão absoluta. Isto não é ser bota de elástico.Isto é ser racional e ter os neurónios em funcionamento. Que esperar de gente que,~para além das toleiras próprias da idade, é encorajada nessa toleira imbecil, pelos progenitores e pela comunicação social.
Eu...proibia acampamentos em espaços públicos. Em nome da higiene e saúde públicas....onde andou aquela malta a lavar-se ? filho meu ali? à espera de um espectaculo ? e a tomar banho onde ? a fazer necessidades onde ? e com os media a entrevistá-lo na entrada da tenda ? na saída da casa de banho pública ? NÃO...estamos, de facto no mais baixo que podemos imaginar. Eu...quase que desisto. Só queria esbofetear os paizinhos que permitem aquela indecorosa exposição de menores mal formados e ineptos.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Via crucis
Jovens desvairados em banho de álcool desenfreado por terras de Espanha, porque sim, porque são finalistas, e vale tudo.
Jovem promissor cai de uma varanda, porque sim.Meninas de 13 anos a acampar no Parque das Nações à espera dos Tokyo Hotel, porque não?
Onde acaba a infância e começa a adultez?Para onde ruma esta gente, Santo Deus?
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Toda a vida num só dia (sonata de um homem só)
George vivia e amava Jim como poucos homens amam outras mulheres. As dos outros. Há 16 anos.
Em dia fatal, aquele que está escrito nos anais da memória e dos presságios, Jim perdeu a vida.
Em dia fatal, aquele que está escrito nos anais da memória e dos presságios, Jim perdeu a vida.
Para nunca mais a encontrar.
Num estúpido acidente, por causa da neve branca que caía em demasia naquela viagem inportuna.
Só avisaram George do ocorrido dois dias depois, um dia antes dos funerais.
Porque ele não era da sua família. Porque a um funeral só pode assistir um ente familiar. Porque a família é tudo. E quase nada.
George foi avisado. E chorou em silêncio, enquanto retirava do congelador o pão que tardava em esquentar.
E correu para a casa de Charlie, outra sobrevivente de corpo inteiro, de copo cheio e de alma vazia, em busca de uma quimera já há muito perdida, por tão poucos achada.
Nesse dia, escolheu não chorar mais.
E foi dar a aula que tinha preparado e que não correu tal como previra - falou de outro homem só, de Huxley e do destino, em frente a estudantes borbulhosos e com penteados à Jimmy Dean.
Escolheu naquele dia não conhecer um outro corpo de homem que o procurou, porque ainda sentia a sombra do futuro que Jim não lhe tinha reservado.
E correu para o mar nocturno, envolto na luxúria da saudade e no espanto de ter um homem - um outro homem só, talvez novo demais, um quase deus - a olhar por si e a esconder-lhe a arma que ele escolhera como bilhete de ingresso na outra vida que conduz à morte.
George não escolhera a morte.
Só avisaram George do ocorrido dois dias depois, um dia antes dos funerais.
Porque ele não era da sua família. Porque a um funeral só pode assistir um ente familiar. Porque a família é tudo. E quase nada.
George foi avisado. E chorou em silêncio, enquanto retirava do congelador o pão que tardava em esquentar.
E correu para a casa de Charlie, outra sobrevivente de corpo inteiro, de copo cheio e de alma vazia, em busca de uma quimera já há muito perdida, por tão poucos achada.
Nesse dia, escolheu não chorar mais.
E foi dar a aula que tinha preparado e que não correu tal como previra - falou de outro homem só, de Huxley e do destino, em frente a estudantes borbulhosos e com penteados à Jimmy Dean.
Escolheu naquele dia não conhecer um outro corpo de homem que o procurou, porque ainda sentia a sombra do futuro que Jim não lhe tinha reservado.
E correu para o mar nocturno, envolto na luxúria da saudade e no espanto de ter um homem - um outro homem só, talvez novo demais, um quase deus - a olhar por si e a esconder-lhe a arma que ele escolhera como bilhete de ingresso na outra vida que conduz à morte.
George não escolhera a morte.
Foi a morte que o escolheu a ele.
E ele esperou-a impaciente e mais sereno do que nunca, pronto para as outras vidas que não escolhera, para os outros amores que não tivera, para a grande noite que o embalava no seu mágico trinar de feitiços e poções...
Foi esta noite em que escolhi ver «A SINGLE MAN» de Tom Ford.
Com Colin Firth e Julianne Moore, até agora o meu filme do ano.
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