(foto roubada ao meu amigo Augusto Maio)
Tombou a noite inadvertida,
como se fosse mais um dia
Calou-se a voz do poeta mais soturno daquela cidade
como se fosse um corpo mais,
embriagado com um copo de sol
Naquele hotel de subúrbio,
a meretriz cobrou-se cara,
face a face com a miséria dos tostões que não quer contar
E, de repente, como se fosse feita de luz,
a noite apagou-se e os pecados foram todos esquecidos.
Esquecidos.
mas não perdoados.
Porque só a tristeza perdoa os excessos de alma,
na noite luminosa em que a meretriz se confessa ao poeta
e...
dessa fusão nasce um novo poema.
2 comentários:
Não é fácil dobrar esquinas, descobrir o que há de mais, esparramar partes do corpo ...e não olhar para trás.
Tenho nome de Flor
Quando publica estes poemas?
É uma "obrigação social e emocional" a partilha deste dom... de colocar em palavras sentimentos que também são nossos mas não sabemos traduzir... Já é um privilégio poder lê-lo no blog, mas muitos não têm este acesso...
Seria muito bom vê-lo nas livrarias...
Um abraço P. e Parabéns
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