domingo, 20 de julho de 2008

Chuva de Verão.



A chuva fustigava a terra ardente.
Logo que parou saí para o jardim.

Era tão excessivo o aroma quente da terra molhada!
E tão leve o ondular fresco da brisa húmida!

Que uma erupção de emoções percorreu-me,
como se eu fosse a própria terra.
Deitei-me sobre ela e nela rebolei.

Misturei meu suor com lama
meu cabelo com erva.
Cobri-me com as nuvens que passavam no céu.

Quando acordei, lembrava-me
dos pingos grossos da chuva
terem trespassado o meu corpo nu.

4 comentários:

CLAP!CLAP!CLAP! disse...

Belo e tocante. O cheiro anda no ar!

Avó Pirueta disse...

O Clap disse o que eu quero dizer. Está dito. Só me resta acrescentar a saudade que me fez sentir das grandes e súbitas chuvadas tropicais, que deixam tudo lavado e um cheiro a África como não se sente em mais lado ou momento algum.
Cheiro a terra vermelha, molhada! Cheiro a Vida! Um abraço da Avó Pirueta

Anabela Magalhães disse...

Hoje durante a viagem apanhei com uma destas chuvadas. De tal forma forte e com granizo à mistura que tivemos que parar... e depois... cheiro bom!!

Guilherme Salem disse...

bonito Passi. Gostei muito. Beijos. Gui