A chuva fustigava a terra ardente.
Logo que parou saí para o jardim.
Era tão excessivo o aroma quente da terra molhada!
E tão leve o ondular fresco da brisa húmida!
Que uma erupção de emoções percorreu-me,
como se eu fosse a própria terra.
Deitei-me sobre ela e nela rebolei.
Misturei meu suor com lama
meu cabelo com erva.
Cobri-me com as nuvens que passavam no céu.
Quando acordei, lembrava-me
dos pingos grossos da chuva
terem trespassado o meu corpo nu.
4 comentários:
Belo e tocante. O cheiro anda no ar!
O Clap disse o que eu quero dizer. Está dito. Só me resta acrescentar a saudade que me fez sentir das grandes e súbitas chuvadas tropicais, que deixam tudo lavado e um cheiro a África como não se sente em mais lado ou momento algum.
Cheiro a terra vermelha, molhada! Cheiro a Vida! Um abraço da Avó Pirueta
Hoje durante a viagem apanhei com uma destas chuvadas. De tal forma forte e com granizo à mistura que tivemos que parar... e depois... cheiro bom!!
bonito Passi. Gostei muito. Beijos. Gui
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