O Guardião do Tempo. Escultura. Karin Somers.
O corpo mumificado, ressequido.
Pelo abandono austero
aos elementos multimilenares.
A Armadura coagulada nas asas de musgo.
Musgo velho de asas infinitas,
infinitamente embrulhadas
nas areias que contam o tempo.
Em ti Guardião o que é Tempo?
Em ti Tempo o que é Guardião?
O Tempo evoca memórias recortadas,
poeiras estelares,
arquivos submersos,
mapas nús,
ampulhetas sem fim.
O Guardião evoca o sonho,
a alma assombrada,
a inocência ferida,
a humanidade manchada,
o espírito dilacerado...
A esperança redentora.
3 comentários:
Passiflora:
Presenteia-nos com um Magnífico texto, em sintonia com a Sublime escultura de Karin Somers.
Belos presentes, estes.
Hoje aprendi que a cada post pode corresponder uma outra entidade.Desculpe
Sim, Clap, quando o blogue tem vários colaboradores.
Não é o caso do teu. Não é o caso do meu. Mas é o caso deste que tem três colaboradores distintos.
Ai o que o menino está a aprender!!! Ainda vai chegar a professor titular!
Quanto à poesia e à escultura... soberbas.
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