terça-feira, 31 de março de 2009

Vincent


A noite era estrelada.
Porque o seu pincel pairou sobre as tintas aguadas do céu inferno
E da luz fez aguarela,
mesmo sem guaches, sem tons de amarelo torrado, com uma orelha a menos...
A noite foi passageira
e o dia finou-se sem matizes de pastel, sem misturas, sem nuances e relógios perdidos.
Ele calou-se
pois pintou a sua alma gémea
e dormiu acordado, em tons de anil e roxo.
Até à próxima tela.
Até à liturgia das horas e das cores...

3 comentários:

Amélia disse...

Muito belo e digmno de Vincent...
Suponho que o poema será teu...Beijos

César Paulo Salema disse...

É, querida Mestra das Palavras.
Um bj grato

Anónimo disse...

não há cores iguais às da sua alma (VVG), não vi iguais em lado nenhum: o génio, sob a forma de homem estranho. obrigada, gosto muito particularmente da pintura e as palavras sintonizam