domingo, 13 de fevereiro de 2011

Epístola


Queria escrever algo para espantar as tempestades

Deixem-me usar uma pena de outros tempos

Deixar recados por histórias antigas e dolentes e

Encontrar violinos debaixo das pedras da calçada...

A mão segue implacável, sem controlo, sem razão,

sem que eu a consiga deter.

Parem-na se quiserem.

Eu... nunca a deterei.

Por amor ao papel.

Ao branco grávido e vazio

Às linhas incontáveis dos meus cadernos da infância

Aos livros que li sem perceber

Às sebentas que preenchi com lenga-lengas

Por missão e

Por recato da minha imaginação.

3 comentários:

DI disse...

A fome do poeta é alimentada pela pena que bebe da seiva do que está à sua volta, num frenesim sem fim... Eis a maravilha da criação pela Arte!

César Paulo Salema disse...

Bj Di. E até breve...

Anónimo disse...

P ,
" A vitória não está no fim do caminho, ela é o próprio caminho"

Convido-o a percorrer connosco a sua preparação, a concentração, a paciência, o sentido das palavras, a agilidade, a velocidade, a força, a deixar sair todos os sentimentos, a confiança, a determinação, a ousadia, a segurança, e responsabilidade de nos continuar a brindar com os seus textos, os seus poemas os seus desabafos, os seus lamentos .

E aí P, vai atingir a Meta .
Escrever aquele livro prometido convidar-nos a todos para a primeira fila.

Fico aqui esperando.

Tenho nome de Flor