Parque da Gandarinha em Cascais -
domingo, 31 de outubro de 2010
As primaveras da Passiflora
Camilo Pessanha
Parque da Gandarinha em Cascais -
Parque da Gandarinha em Cascais -
"Elan de Mãe" da autoria da escultora Cristina Leiria Camarro.
À Passi, no dia em que completa primaveras, neste outono de madrigais
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Sabrina
Sempre amei esta mulher... vestida de negro, de jóias bebida, de charme solene e de rosa consentida.
Para tomar com ela um pequeno-almoço em algum café boémio de Paris.
Dedico o post ao G.
Cinderela procura sapato
Há muitas vidas atrás (tantas como as de um gato) sentaram-se em frente a mim num restaurante e disseram-me: “Fica tranquila. No dia em que perceba que a minha felicidade não passa por ti digo-te logo”. Enfim, não sei se a frase foi exactamente esta. Não asseguro se começava com “não te preocupes” ou com “fica tranquila”, se terminava com “serás a primeira a saber” ou com “digo-te logo”. Mas o meio da frase corresponde exactamente àquilo que transcrevi “perceber que a minha felicidade não passa por ti”.
Ele um dia percebeu isso. Não sei quando, porque não mo disse. Sei que um dia, outro dia, eu percebi que ele já tenha percebido. E aí percebemos todo o tempo que perdemos e a dor que causámos.
Mas naquela noite eu acreditei que ia ser mesmo assim. É que nessa altura eu ainda acreditava que as pessoas eram, no mínimo, honestas. Já sabia – já se tinham encarregado de me ensinar – que as pessoas não gostam durante toda a vida. Um dia acordam e, “prontos”, aquilo, a coisa, já não está lá. Aprendi a viver com isso, embora fosse contra tudo o que os contos de fada, os livros, e os filmes a preto e branco (já viram que nesses filmes todas as histórias têm finais felizes? Ai, se ao menos a nossa vida fosse um filme a preto e branco!) me tinham ensinado. Mas ainda acreditava que quando esse momento chegava as pessoas nos diziam. Nos chamavam e diziam “Olha, gostei muito do restaurante de ontem. E o soufflé estava óptimo. Por falar nisso, e antes que me esqueça, descobri que já não gosto de ti. Posso utilizar a tua paste de dentes?”. Qualquer coisa deste tipo…
Afinal, as pessoas honestas são como os estados democráticos. Já reparam que todas as repúblicas que incluíram o “democrática” na designação oficial são tudo menos isso? República Democrática Popular da Coreia, vulgo, Coreia do Norte. Tão democrática que ainda hoje pensam que venceram a nossa selecção devido à isenção noticioso que impera no país. República Democrática do Congo. Do mais democrático que há, e sem massacres. República Democrática Alemã. A democracia era tanta que gerou uma intoxicação democrática e o povo, que é quem mais ordena, arriscava a morte para fugir para o lado de cá.
Pois as pessoas honestas são exactamente assim: quanto mais se vangloriam da sua rectidão pessoal e dos seus valores, mais escondem e mais mentem. Àquelas que nos garantem ser transparentes como um espelho de água, que passeiam pelo mundo fora afirmando que não são rudes mas sim brutalmente honestas, em boa verdade, escondem o rabinho entre as pernas quando chega o momento de mostrar de que material somos feitos.
Porque ninguém é culpado por não gostar. O sentimento é um “fenómeno” transcendente, divino até, que a ciência ainda não conseguiu dominar. Ainda não se descobriu o “amor in vitro”, que solucionaria muitos dos nossos problemas, e aqueles inférteis no romance poderiam finalmente encontrar a sua meia-laranja. De modo que choramos até à exaustão, batemos com a cabeça na parede, ficamos de cama uma semana e perdemos 5 kg, mas depois, eventualmente, seguimos a nossa vida. Porque sabemos que estas coisas acontecem e não há como apontar o dedo. Mas, pelo contrário, todos somos responsáveis por quem cativamos, sejamos pequenos príncipes ou princesas não tão pequeninas. Devemos-lhes, no mínimo, honestidade, lealdade, respeito. E por isso devemos enfrentar as nossas próprias fraquezas e dizer, cara a cara, que tudo acabou.
Uma amiga minha soube que o seu casamento de mais de uma década tinha terminado por sms. Há quem termine por e-mail, por post it, por interposta pessoa. Há quem nunca termine e simplesmente desapareça. Há quem nunca termine e simplesmente arranje uma companhia para o exercício físico. Há quem nunca termine e em momentos de maior honestidade diga que afinal, a paixão passou, mas depois chore como um menino, volte atrás e nos peça perdão, arrastando esta tragi-comédia anos a fios, prendendo-nos à vaga esperança de não saber qual das versões é a verdadeira. Há quem nunca termine e simplesmente se resigne a passar o resto da via com uma pessoa que não ama, ter filhos com ela, comprar um casa e um carro, e talvez uma Bimby.
No dia em que deixares de gostar de mim diz-me depressa. Sem hesitações nem pudores, nem palavras de melaço. Porque assim mais depressa eu morro e mais depressa vivo outra vez.
Ele um dia percebeu isso. Não sei quando, porque não mo disse. Sei que um dia, outro dia, eu percebi que ele já tenha percebido. E aí percebemos todo o tempo que perdemos e a dor que causámos.
Mas naquela noite eu acreditei que ia ser mesmo assim. É que nessa altura eu ainda acreditava que as pessoas eram, no mínimo, honestas. Já sabia – já se tinham encarregado de me ensinar – que as pessoas não gostam durante toda a vida. Um dia acordam e, “prontos”, aquilo, a coisa, já não está lá. Aprendi a viver com isso, embora fosse contra tudo o que os contos de fada, os livros, e os filmes a preto e branco (já viram que nesses filmes todas as histórias têm finais felizes? Ai, se ao menos a nossa vida fosse um filme a preto e branco!) me tinham ensinado. Mas ainda acreditava que quando esse momento chegava as pessoas nos diziam. Nos chamavam e diziam “Olha, gostei muito do restaurante de ontem. E o soufflé estava óptimo. Por falar nisso, e antes que me esqueça, descobri que já não gosto de ti. Posso utilizar a tua paste de dentes?”. Qualquer coisa deste tipo…
Afinal, as pessoas honestas são como os estados democráticos. Já reparam que todas as repúblicas que incluíram o “democrática” na designação oficial são tudo menos isso? República Democrática Popular da Coreia, vulgo, Coreia do Norte. Tão democrática que ainda hoje pensam que venceram a nossa selecção devido à isenção noticioso que impera no país. República Democrática do Congo. Do mais democrático que há, e sem massacres. República Democrática Alemã. A democracia era tanta que gerou uma intoxicação democrática e o povo, que é quem mais ordena, arriscava a morte para fugir para o lado de cá.
Pois as pessoas honestas são exactamente assim: quanto mais se vangloriam da sua rectidão pessoal e dos seus valores, mais escondem e mais mentem. Àquelas que nos garantem ser transparentes como um espelho de água, que passeiam pelo mundo fora afirmando que não são rudes mas sim brutalmente honestas, em boa verdade, escondem o rabinho entre as pernas quando chega o momento de mostrar de que material somos feitos.
Porque ninguém é culpado por não gostar. O sentimento é um “fenómeno” transcendente, divino até, que a ciência ainda não conseguiu dominar. Ainda não se descobriu o “amor in vitro”, que solucionaria muitos dos nossos problemas, e aqueles inférteis no romance poderiam finalmente encontrar a sua meia-laranja. De modo que choramos até à exaustão, batemos com a cabeça na parede, ficamos de cama uma semana e perdemos 5 kg, mas depois, eventualmente, seguimos a nossa vida. Porque sabemos que estas coisas acontecem e não há como apontar o dedo. Mas, pelo contrário, todos somos responsáveis por quem cativamos, sejamos pequenos príncipes ou princesas não tão pequeninas. Devemos-lhes, no mínimo, honestidade, lealdade, respeito. E por isso devemos enfrentar as nossas próprias fraquezas e dizer, cara a cara, que tudo acabou.
Uma amiga minha soube que o seu casamento de mais de uma década tinha terminado por sms. Há quem termine por e-mail, por post it, por interposta pessoa. Há quem nunca termine e simplesmente desapareça. Há quem nunca termine e simplesmente arranje uma companhia para o exercício físico. Há quem nunca termine e em momentos de maior honestidade diga que afinal, a paixão passou, mas depois chore como um menino, volte atrás e nos peça perdão, arrastando esta tragi-comédia anos a fios, prendendo-nos à vaga esperança de não saber qual das versões é a verdadeira. Há quem nunca termine e simplesmente se resigne a passar o resto da via com uma pessoa que não ama, ter filhos com ela, comprar um casa e um carro, e talvez uma Bimby.
No dia em que deixares de gostar de mim diz-me depressa. Sem hesitações nem pudores, nem palavras de melaço. Porque assim mais depressa eu morro e mais depressa vivo outra vez.
Lido no blogue «Cinderela PROCURA SAPATO»
domingo, 24 de outubro de 2010
Pão e vinho (em prol da infância)
Caros Encarregados de Educação,
Em virtude do Orçamento de Estado ter aumentado de 6% para 23% o IVA aplicado ao leitinho com chocolate que é fornecido, pelos estabelecimentos de ensino públicos, ao pequeno almoço dos alunos, há que proceder a mudanças nos hábitos das nossas crianças que tanto amamos.
Por este motivo, passa a ser disponibilizado aos mesmos pela manhã 1 pacote de vinho tinto/branco PORTA DA RAVESSA que mantém a taxa de IVA a 13%.
Por este motivo, passa a ser disponibilizado aos mesmos pela manhã 1 pacote de vinho tinto/branco PORTA DA RAVESSA que mantém a taxa de IVA a 13%.
Portem-se bem e não exagerem, por favor.
A Ministra
Isabel Alçada
A Ministra
Isabel Alçada
Mestre
Antes que morra, e porra pela ideia, ( a senhora está muito mal) seria bom que dessemos uns segundos das nossas vidas a contemplar alguém que Viu, Sentiu, Ouviu, Interiorizou e Escreveu sobre nós todos e mais alguém.
Uma Senhora a quem devemos MUITO.
Haja aqui um espaço para a Agustina... e um espaço bom e largo.
sábado, 23 de outubro de 2010
Actualização
Não...não sou eu na imagem da mensagem antecedente. mas podia ser.
E Bahhhh.
Saúde a todos que é o mais importante.
Gui.
Adoro a imagem nova do blogue.
Vomito sobre:
a) TVI e TUDO quanto ali passa;
b) o José Rodrigues dos Santos e seus esgares, livros e tiques;
c) a Fátima Lopes e su nueva imagen en TVI...que tonta..
d) a Júlia Pinheiro, e a sua nunca imagem...que mulher estragada em tantas cumplicidades em tão poucos anos e em tanta porcaria;
e) Catarina Furtado e su vocacion para afugentar audiencias com todos aqueles maneirismos e tontices;
f) Jorge Gabriel e a habilidade máscula de dizer a um homem numa cadeira de rodas com uma deficiencia profunda, após este fazer um número de dança com uma rapariga, que AGORA TODOS tinham inveja da sua namorada, e ter-lhe tocado no braço torcido...uma pobreza constrangedora que só vista
g)Marta Leite Castro e a capacidade de fazer o que faz como se nada fosse
h) E todos os iguais aos que disse...convencidos que o Mundo não avança sem eles e que são muito giros e interessantes e que devem algo a alguém....Coitados.
E aqui vamos...aberto a criticas.
Faltam tantas personagens nesta lista...todas convencidas que são interessantes e importantes...verdadeiramente patético o estado daquela gente.
e Viva nós... César...Flor e nós. Obrigado.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
Acuso
Com Fúria e Raiva
Com fúria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo das palavras
Pois é preciso saber que a palavra é sagrada
Que de muito longe um povo a trouxe
E nela pôs sua alma confiada
De longe muito longe desde o início
O Homem soube de si pela palavra
E nomeou a pedra a flor a água
E tudo emergiu porque ele disse
Com fúria e raiva acuso o demagogo
Que se promove à sombra da palavra
E da palvra faz poder e jogo
E transforma as palavras em moeda
Como se fez com o trigo e com a terra
Sophia
Com fúria e raiva acuso o demagogo
E o seu capitalismo das palavras
Pois é preciso saber que a palavra é sagrada
Que de muito longe um povo a trouxe
E nela pôs sua alma confiada
De longe muito longe desde o início
O Homem soube de si pela palavra
E nomeou a pedra a flor a água
E tudo emergiu porque ele disse
Com fúria e raiva acuso o demagogo
Que se promove à sombra da palavra
E da palvra faz poder e jogo
E transforma as palavras em moeda
Como se fez com o trigo e com a terra
Sophia
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quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Celta e ibero
Dança a lua feiticeira, louca sem pé e sem mar
até cair redonda louca na pauta enfeitiçada do teu pé...
A fala de ninguém
É natural que um dia alguém vá ler
este poema e outros que entretanto
escreva na ilusão de serem meus.
Farão com eles mais ou menos isso
que também eu agora me entretenho
a fazer aos poemas que folheio
doutros autores lidos e delidos
em busca de crateras por onde entre
ou saia a lava dos sentidos, nómadas
e breves como os sonhos que as estrelas
deixam escritos no céu sempre que morrem.
Mas que ofício perverso, o de brilhar
como os planetas, reflectindo apenas
a luz dos astros alheios que supomos
ser útil ou possível transmitir
obedecendo a temas, a motivos
que interpretem, definam e expliquem
tudo o que nunca teve nem terá
qualquer explicação e fica imerso
no magma ainda quente dos vulcões
nascidos por encanto ou por acaso
de cinco ou seis palavras no momento
em que o sentido as ama e as devora,
infiel a si mesmo, à voz que o diz,
e nos deixa mais perto de saber
que todas as metáforas são ocas
e que a sua verdade é um engano
tão cintilante como o próprio nada
quando o vemos florir, fora do tempo,
na consistência vegetal das frases,
no rápido cristal da eternidade
que de súbito as move e nos ajuda
a decifrar alguma lei errante
onde se jogue o mais secreto assombro.
E mesmo isso, que julgamos nosso,
vibrou apenas em segunda mão
no trânsito sombrio que leva a lava
os nomes e as razões, até restar
a fala de ninguém para ninguém,
esse coro de trevas dissonantes
onde mal inventamos os arpejos
de uma «lira de líquen» ou de cinza
capaz de segredar-nos ao ouvido
o som artificial mas sempre belo
das sílabas correndo como lágrimas
por entre um rio de versos poluídos.
Fernando Pinto do Amaral, "Às Cegas",1997
este poema e outros que entretanto
escreva na ilusão de serem meus.
Farão com eles mais ou menos isso
que também eu agora me entretenho
a fazer aos poemas que folheio
doutros autores lidos e delidos
em busca de crateras por onde entre
ou saia a lava dos sentidos, nómadas
e breves como os sonhos que as estrelas
deixam escritos no céu sempre que morrem.
Mas que ofício perverso, o de brilhar
como os planetas, reflectindo apenas
a luz dos astros alheios que supomos
ser útil ou possível transmitir
obedecendo a temas, a motivos
que interpretem, definam e expliquem
tudo o que nunca teve nem terá
qualquer explicação e fica imerso
no magma ainda quente dos vulcões
nascidos por encanto ou por acaso
de cinco ou seis palavras no momento
em que o sentido as ama e as devora,
infiel a si mesmo, à voz que o diz,
e nos deixa mais perto de saber
que todas as metáforas são ocas
e que a sua verdade é um engano
tão cintilante como o próprio nada
quando o vemos florir, fora do tempo,
na consistência vegetal das frases,
no rápido cristal da eternidade
que de súbito as move e nos ajuda
a decifrar alguma lei errante
onde se jogue o mais secreto assombro.
E mesmo isso, que julgamos nosso,
vibrou apenas em segunda mão
no trânsito sombrio que leva a lava
os nomes e as razões, até restar
a fala de ninguém para ninguém,
esse coro de trevas dissonantes
onde mal inventamos os arpejos
de uma «lira de líquen» ou de cinza
capaz de segredar-nos ao ouvido
o som artificial mas sempre belo
das sílabas correndo como lágrimas
por entre um rio de versos poluídos.
Fernando Pinto do Amaral, "Às Cegas",1997
A Idade Maior
A Gala de Leiria é um acontecimento que marca o calendário dos grandes espectáculos realizados desde há 18 anos na nossa região, com impacto crescente por todo o País.
Inicialmente promovida pela Rádio Clube de Leiria, depois Central FM, está actualmente desvinculado desta emissora, dada a sua reestruturação num projecto nacional.
Chegou a ser anunciada a sua organização a partir do Orfeão de Leiria, mas esta instituição acabou por sair do projecto.
Ainda assim, a habitual equipa de promotores, encabeçada por Emília Pinto, não deixou cair a organização e este ano avança para a 18.ª edição, com o tema “Idade Maior”. Será no dia 15 de Outubro, a partir das 20h30, no Auditório Paulo VI, em Fátima.
Uma das características desta gala, por cujo palco passam diversos convidados do mundo da música e do entretenimento, é a entrega dos “Troféus Pedrada no Charco”, que visam premiar aqueles que se distinguiram no ano de 2009/2010.
Inicialmente promovida pela Rádio Clube de Leiria, depois Central FM, está actualmente desvinculado desta emissora, dada a sua reestruturação num projecto nacional.
Chegou a ser anunciada a sua organização a partir do Orfeão de Leiria, mas esta instituição acabou por sair do projecto.
Ainda assim, a habitual equipa de promotores, encabeçada por Emília Pinto, não deixou cair a organização e este ano avança para a 18.ª edição, com o tema “Idade Maior”. Será no dia 15 de Outubro, a partir das 20h30, no Auditório Paulo VI, em Fátima.
Uma das características desta gala, por cujo palco passam diversos convidados do mundo da música e do entretenimento, é a entrega dos “Troféus Pedrada no Charco”, que visam premiar aqueles que se distinguiram no ano de 2009/2010.
Este ano, a lista é a seguinte:
Solidariedade – Padre Feytor Pinto; Melhor Projecto Revelação – Natália Juskiewicz; Cidades de Leiria e Fátima – Francisco Vieira; Carreira-Prestígio – Joaquim Furtado; Mérito Artístico – Anabela; Melhor Grupo do Ano – Virgem Suta; Melhor Canção do Ano – Pedro Abrunhosa; Revelação Nacional – Desbundixie; Comunicação – Clara de Sousa; Melhor Guitarrista Português da Actualidade – António Chainho; Melhor Disco do Ano – Júlio Pereira; Melhores Espectáculos do Ano ao Vivo – Oquestrada; Versatilidade e Talento – Dulce Pontes; Melhor Apresentadora da Nova Geração – Filomena Cautela.
As surpresas, essas, mantêm-se em relação aos entregadores de troféus, como habitualmente.
Mais informações em www.galadeleiria.com.
domingo, 10 de outubro de 2010
Imagine
Imaginem que todos os gestores públicos das 77 empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.
Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.
Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas.
Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.
Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público.
Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar.
Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês. Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência.
Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas.
Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam.
Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares.
Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.
Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde.
Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros.
Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada.
Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido.
Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.
Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.
Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.
Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos.
Imaginem que país seremos se não o fizermos.
Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.
Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas.
Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.
Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público.
Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar.
Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês. Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência.
Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas.
Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam.
Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares.
Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.
Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde.
Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros.
Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada.
Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido.
Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.
Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.
Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.
Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos.
Imaginem que país seremos se não o fizermos.
Màrio Crespo, DN
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
As justas sombras
Quem for por estes dias ao átrio do Ministério da Justiça encontra este grupo escultórico em exposição, da autoria de Mestre Francisco Simões em mármore pinta azul do Brasil.
Enfeita uma exposição dedicada a "Os Ministros da República", no âmbito das comemorações do Centenário da República.
Segundo a legenda, as figuras representam a Força (à esquerda) a Beleza (ao centro) e a Sabedoria (à direita).
Não sei o que foi feito da "Prudência" nem porque foi substituída pela Beleza ...
Imagino que seja uma homenagem, simpática, a todas as magistradas deste país.
Se estiver enganado pergunto: A Beleza precisa de balança para quê?
O mais interessante é a sugestão feita pelo jogo das sombras.
Lembram figuras de gente (o Povo?) a admirar, expectantes, a Força e a Sabedoria e a ignorar a figura central da Justiça.
Seja ela a tal Beleza (o que nem seria grave porque é um conceito relativo) ou a Prudência (ausente)
Mistério? Ou talvez não...
Enfeita uma exposição dedicada a "Os Ministros da República", no âmbito das comemorações do Centenário da República.
Segundo a legenda, as figuras representam a Força (à esquerda) a Beleza (ao centro) e a Sabedoria (à direita).
Não sei o que foi feito da "Prudência" nem porque foi substituída pela Beleza ...
Imagino que seja uma homenagem, simpática, a todas as magistradas deste país.
Se estiver enganado pergunto: A Beleza precisa de balança para quê?
O mais interessante é a sugestão feita pelo jogo das sombras.
Lembram figuras de gente (o Povo?) a admirar, expectantes, a Força e a Sabedoria e a ignorar a figura central da Justiça.
Seja ela a tal Beleza (o que nem seria grave porque é um conceito relativo) ou a Prudência (ausente)
Mistério? Ou talvez não...
manuel aguiar pereira, 2010
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Qual a verdadeira letra do Amor?
- Porque sempre quiseste ser escritor e não te atrevias. Pelo menos, confessa que te dei assunto para um romance. Não foi, menino bom?
Mário Vargas Llosa, Nobel 2010
Travessuras da menina má,
Mário Vargas Llosa, Nobel 2010
Travessuras da menina má,
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Solidão acompanhada
Só o faro de quem me segue
me faz descansar o olhar em água dura,
mole argumento para quem tanto ama...
Fingir
fingir que está tudo bem: o corpo rasgado e vestido
com roupa passada a ferro, rastos de chamas dentro
do corpo, gritos desesperados sob as conversas: fingir
que está tudo bem: olhas-me e só tu sabes: na rua onde
os nossos olhares se encontram é noite: as pessoas
não imaginam: são tão ridículas as pessoas, tão
desprezíveis: as pessoas falam e não imaginam: nós
olhamo-nos: fingir que está tudo bem: o sangue a ferver
sob a pele igual aos dias antes de tudo, tempestades de
medo nos lábios a sorrir: será que vou morrer?, pergunto
dentro de mim: será que vou morrer?, olhas-me e só tu sabes:
ferros em brasa, fogo, silêncio e chuva que não se pode dizer:
amor e morte: fingir que está tudo bem: ter de sorrir: um
oceano que nos queima, um incêndio que nos afoga.
José Luís Peixoto
com roupa passada a ferro, rastos de chamas dentro
do corpo, gritos desesperados sob as conversas: fingir
que está tudo bem: olhas-me e só tu sabes: na rua onde
os nossos olhares se encontram é noite: as pessoas
não imaginam: são tão ridículas as pessoas, tão
desprezíveis: as pessoas falam e não imaginam: nós
olhamo-nos: fingir que está tudo bem: o sangue a ferver
sob a pele igual aos dias antes de tudo, tempestades de
medo nos lábios a sorrir: será que vou morrer?, pergunto
dentro de mim: será que vou morrer?, olhas-me e só tu sabes:
ferros em brasa, fogo, silêncio e chuva que não se pode dizer:
amor e morte: fingir que está tudo bem: ter de sorrir: um
oceano que nos queima, um incêndio que nos afoga.
José Luís Peixoto
Escorraçados da ilha
Portugal foi chumbado pelo TEDH.
No âmbito da eleição, Portugal apresentou uma lista de três candidatos a juiz português do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, na sequência de um procedimento público, que “cumpriu todas as regras” definidas pelo Conselho da Europa, afirma em comunicado o ministério de Alberto Martins, que promete reagir.
“O Governo português avaliará as condições e as razões desta deliberação, com vista a adoptar as orientações necessárias”, lê-se na nota enviada à comunicação social.
“O Governo português avaliará as condições e as razões desta deliberação, com vista a adoptar as orientações necessárias”, lê-se na nota enviada à comunicação social.
A lista em causa foi constituída “a partir da selecção elaborada por um júri independente”, integrado por representantes do Conselho Superior da Magistratura, do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais, do Conselho Superior do Ministério Público e da Ordem dos Advogados, indica o ministério.
A escolha do júri, “a que o ministro da Justiça deu total acordo”, recaiu nos candidatos ao concurso público: Anabela Rodrigues, João da Silva Miguel e Paulo Pinto de Albuquerque, “personalidades com alta qualificação e reconhecido mérito”, lê-se no documento.
O deputado João Mota Amaral disse antes que Portugal deverá apresentar até Dezembro uma nova lista candidata a um lugar no Tribunal Europeu para os Direitos do Homem porque a primeira candidatura foi rejeitada pelo Conselho da Europa.
De acordo com Mota Amaral, que integra o grupo de deputados portugueses na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, este organismo internacional rejeitou há duas semanas a lista portuguesa candidata à representação de Portugal no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
A escolha do júri, “a que o ministro da Justiça deu total acordo”, recaiu nos candidatos ao concurso público: Anabela Rodrigues, João da Silva Miguel e Paulo Pinto de Albuquerque, “personalidades com alta qualificação e reconhecido mérito”, lê-se no documento.
O deputado João Mota Amaral disse antes que Portugal deverá apresentar até Dezembro uma nova lista candidata a um lugar no Tribunal Europeu para os Direitos do Homem porque a primeira candidatura foi rejeitada pelo Conselho da Europa.
De acordo com Mota Amaral, que integra o grupo de deputados portugueses na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, este organismo internacional rejeitou há duas semanas a lista portuguesa candidata à representação de Portugal no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
E esta, hein????
O cego que conduz o cego (um eléctrico chamado desejo)
Um Eléctrico Chamado Desejo” é uma obra-prima da dramaturgia do século XX que estabeleceu Tennessee Williams como um dos maiores autores americanos.
Aqui retrata-se o confronto entre os valores tradicionais do Sul da América e o materialismo agressivo da América moderna.
Blanche DuBois, uma frágil e solitária beldade sulista, decide visitar a sua irmã, Stella, que vive num bairro pobre de Nova Orleães.
Numa altura em que a sua vida se encontra em declínio, Blanche acaba por se confrontar com o marido de Stella, Stanley Kowalski, cujo temperamento rude tanto ofende como atrai a sua educada sensibilidade.
Enquanto o jazz dos anos 40 enche os bares locais durante a noite, as tensões crescem até atingirem um ponto de ruptura inevitável.
Blanche DuBois, uma frágil e solitária beldade sulista, decide visitar a sua irmã, Stella, que vive num bairro pobre de Nova Orleães.
Numa altura em que a sua vida se encontra em declínio, Blanche acaba por se confrontar com o marido de Stella, Stanley Kowalski, cujo temperamento rude tanto ofende como atrai a sua educada sensibilidade.
Enquanto o jazz dos anos 40 enche os bares locais durante a noite, as tensões crescem até atingirem um ponto de ruptura inevitável.
Claro que, tal como os fantasmas da vida de Blanche, outros de celuloide, a preto e branco, hão-de ensombrar todas as representações que se fizerem de O Eléctrico...
É impossível não fazer um link mental direto para versão cinematográfica, realizada por Elia Kazan, quatro anos depois da peça, em 1951 (12 nomeações e quatro estatuetas) e para as forças antagónicas e magnéticas, ao mesmo tempo repulsivas e atrativas que moviam Marlon Brando e Vivien Leigh.
Diogo Infante obrigou-se a não rever o filme, recomendou o mesmo ao elenco. "Quis voltar à génese que é o texto. Para que não ficássemos impressionáveis perante uma versão tão feliz como a de Elia Kazan. Para poder ter um olhar genuíno e fresco sobre o texto, e sermos nós a encontrar os subtextos e a própria organicidade nas relações entre as personagens".
Não lhe interessou também transportar a ação para os tempos atuais. Afinal, se se passasse agora, comenta Alexandra, a única diferença é que talvez "as pessoas fumassem e bebessem menos" ou talvez se drogassem mais, "mas, de resto, a peça é incrivelmente atual", continua Diogo.
É sobre a amargura, a desilusão, o vício, o alcoolismo, a dependência, o desejo, a loucura. É tudo tão pungente e trágico. "Na essência, é uma peça sobre a natureza humana, refletida por Teneessee Williams de uma forma crua. Não é tanto sobre a maldade, é mais sobre a incapacidade de se colocar na pele do outro".
Quase um duelo, com um perdedor anunciado à partida, que é o que acontece quando o leão e o cordeiro habitam a mesma casa. "E uma questão territorial, também", acrescenta Albano que encarna a rudeza, a sedução animalizada do macho, e uma nova América miscigenada que implode face à sofisticação decadente dos sulistas.
Mas, apesar deste distanciamento assumido do filme, e desta descontaminação intencional, a peça tem toda ela uma dimensão cinematográfica. Kazan transformara uma peça confinada a um só cenário num objeto cinematográfico, cheio de acção e emoção. Diogo Infante trouxe muito cinema para dentro da peça.
Mas, apesar deste distanciamento assumido do filme, e desta descontaminação intencional, a peça tem toda ela uma dimensão cinematográfica. Kazan transformara uma peça confinada a um só cenário num objeto cinematográfico, cheio de acção e emoção. Diogo Infante trouxe muito cinema para dentro da peça.
A começar pelo dispositivo giratório do palco, que transforma em travellings as mudanças de cena, criando a ilusão de movimentos de câmara, seguindo sempre as travessias de Blanche (é sempre ela que a "câmara" segue), entre aquele pedaço de rua e as duas divisões da casa.
Mas também nos jogos de luz, na profundidade de campo, criando-se pontos de tensão priveligiados, enquanto outra cena prossegue em segundo plano, ou noutra perspectiva, lá atrás. E o público fica muitas vezes entre o que vem e o que fica.
"Isso tem a ver com a minha formação, com o meu gosto pelo cinema e, de facto, esta peça pede um olhar plástico", continua Infante. Mas também são cinematográficos os sons, o guincho do gato assanhado como uma premonição, o piano melancólico, o jazz dos anos 40, a polka que só Blanche escuta antes do tiro (aliás, indicações precisas do próprio Tennessee).
E em certas alturas, escuta-se um comboio, que sempre sobressalta muito a protagonista.
Ela sente que a cada passagem, vai-se deixando ficar para trás, num apeadeiro longínquo, a acenar. Os sonhos são ainda o que a fazem manter-se acordada.
Até ao despertar definitivo, ao embarque para um manicómio e à célebre réplica final: "Sempre dependi da bondade de estranhos".
Alexandra Lencastre no seu melhor, regressada aos palcos, de onde nunca deveria ter saído.
Alexandra Lencastre no seu melhor, regressada aos palcos, de onde nunca deveria ter saído.
Albano Jerónimo, o melhor em cena.
A encenação, um primor!
No Teatro Nacional D. Maria II, visto por mim sexta passada.
Grande Noite!
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Ponte...
Para quem trabalhou dia 04...
Lili Caneças, simplesmente não pensa.
Rute Marques pensa que é Grace Kelly.
Paulo Pires pensa que é o Diogo Infante.
Diogo Infante pensa que é Paulo Pires.
Pedro Abrunhosa pensa que é António Variações.
E António Variações já não pensa mais.
Manuel Luís Goucha pensa que é a Teresa Guilherme.
Teresa Guilherme pensa que é a Manuela Moura Guedes.
Manuela Moura Guedes não pensa, quem pensa é o Moniz.
Luís de Matos pensa que é David Copperfield.
Edite Estrela pensa que é Hillary Clinton.
E Ana Malhoa, simplesmente pensa que pensa
Júlia Pinheiro pensa que é Barbara Walters.
Herman José pensa que tem graça.
João Baião pensa que vai ser mãe.
João Pinto pensa que é intelectual.
Belmiro de Azevedo, com todo o dinheiro que tem,
pode pensar o que quiser.
Ronaldo pensa que é o número 1.
A irmã dele pensa que canta.
O sr. José Sócrates da Silva pensa que é Deus.
E José Mourinho tem a certeza!
O teu chefe pensa que estás a trabalhar.
O meu também...
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
domingo, 3 de outubro de 2010
sábado, 2 de outubro de 2010
O Juíz
O Juíz é aquele que aceita suspender a sua vida, para viver intensamente e solucionar pedaços de outras vidas.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
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