segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Livro-mundi
BIBLIOTECA MUNDIAL DA ONU
Uma Relíquia a aguardar
PRESENTE DA UNESCO PARA A HUMANIDADE INTEIRA !!!
Já está disponível na Internet, através do site
domingo, 27 de fevereiro de 2011
A GRANDE NOITE
Aposto no segundo.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Cuidado com Elas...
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
O velho e o mar
Também lido no Ao longe os barcos de flores da Amélia Pais
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Portugal tem Talento
Reproduzo, aqui, duas crónicas que acho esclarecedoras e esclarecidas.
I
Mourinho vs Deolinda
2011-02-21
Os dirigentes do Millenium BCP deviam despedir o director de marketing que aceitou a campanha milionária com Mourinho. Quem é que quer ouvir falar no sucesso de Mourinho, na sua 'Paixão pelo trabalho', na ambição de chegar à perfeição, nestes tempos em que o que está a dar é queixar-se, exigir, choramingar e outros verbos fracos que a geração celebrada pelos Deolinda adora? A campanha dos Deolinda está a ter muito mais sucesso que a do BCP - reportagens, tempo de antena e até já uma moção de censura em sua honra... Por isso: despedidos todos, já!, os do BCP. Assim sempre darão lugar a uns quantos destes jovens "altamente qualificados" e sem emprego, que se tornaram nos mais recentes heróis nacionais.
No entretanto, a "geração parva" de que falavam os Deolinda na canção do concerto no Coliseu de Lisboa, já se tornou na "geração à rasca" no protesto marcado pelo movimento de jovens precários, para o início do mês de Março, em Lisboa e no Porto. Não são nada parvos eles, sabem bem das conotações negativas que essa palavra tinha e da sua grande aderência com a realidade de que falava.
Não tenho nada contra protestos, mobilizações, tudo o que faça pôr o sangue da gente a bombar nas veias. Devo confessar - para minha grande vergonha adulta - que estive sentada na Av. Da Liberdade a protestar contra as propinas (sou da geração anterior à que Vicente Jorge Silva chamou rasca, no "Público", depois de um rabo de fora numa manifestação junto a São Bento.) O que me irrita, neste novo movimento e nesse de que fiz parte e me arrependo, é o que eles têm de contrário à revolução e à mudança. E as várias falácias e o perigo que representam para Portugal.
Irrita-me que jovens de barba mal semeada estejam a lutar por empregos seguros. Irrita-me que o seu maior desejo seja ser... funcionários públicos, encaixadinhos e de salário certo ao fim do mês. Exigem-no, mesmo. Em vez de se exigirem livres, estarem livres no tempo que lhes cabe sê-lo e provarem o que valem. Lutarem, emigrarem, mostrarem o que podem fazer e como a sua juventude aliada à qualificação pode ajudar a mudar as coisas.
Vão-me dizer que eles querem prová-lo, é para isso que lutam. Então arranjem outras palavras de ordem que não o direito ao emprego. Essa é muito enganadora. O emprego é um dever, não um direito. Com sorte, será uma paixão, como bem sabe Mourinho, ele que passou de tradutor a melhor treinador do Mundo, à custa de muita dedicação e exigência e mostrando o que vale todos as semanas, no relvado.
É verdade que o desemprego entre os universitários subiu 16 % de 2009 para 2010, em Portugal. E que o desemprego entre os jovens é o mais elevado, atingindo os 22,4 % - e muito fruto das leis laborais que protegem os trabalhadores e os seus empregos seguros. Mas os desempregados sem curso são praticamente o dobro dos universitários - 115 mil para 64 mil! E esse número quadruplica para os que têm apenas o básico - 423 mil. Portanto, ao contrário do que dizem os Deolinda na sua mensagem, perigosíssima para qualquer geração - estudar ainda compensa. Não representa é uma garantia de emprego. Esse, é verdade, teremos todos de continuar a lutar para honrar.
II
Sr. Mata e Sr. Esfola
Ontem
Como fizeram para reduzir os salários e as prestações sociais, PS e PSD juntaram--se de novo no Parlamento, desta vez para impedir limites (nem sequer para os reduzir, só para lhes pôr freio) aos vencimentos dos gestores públicos.
Gestores públicos é um eufemismo usado para designar "boys" e "girls", em geral sem mais qualificações para gerirem o que quer que seja do que a sua disponibilidade para serem geridos. E se há assunto em que PS e PSD estão de acordo, além de que os pobres é que devem pagar as crises provocadas pelos ricos, é o da protecção dos "seus".
Embora não pareça, há no entanto diferenças entre PS e PSD. Por exemplo, o PS quer despedimentos fáceis & baratos para estimular "o emprego" enquanto o PSD também quer despedimentos fáceis & baratos mas para estimular "a economia". Para quem for despedido é igual, mas visto do lado do PS e PSD é muito diferente.
Do mesmo modo, o PS rejeitou as propostas do BE, PCP e CDS para que os salários dos gestores públicos tivessem como tecto o vencimento do presidente da República por isso ser "da competência do Governo" ao passo que o PSD as rejeitou por serem "populistas". "Boys" e "girls" do PS e PSD continuarão, pois, a poder ganhar mais do que o presidente da República. E não por um mas por dois bons motivos, um o do Sr. Mata outro o do Sr. Esfola.
É assim que PS e PSD conseguem o milagre de estar em desacordo fazendo exactamente o mesmo.
O bailado do MAP
Para si, este solo de violino (que ouvirá mesmo sem som, sei-o bem), pelas cores deste bailado que lhe pertence...
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Mala (sorte)
Dobrei a tristeza
E arrumei-a lá bem no fundo
Mesmo ao lado
Das ilusões. Das desilusões. E das agruras da vida
Meti-as na mala
Para que não me esquecesse
Do mal que me fizeram...
Fui buscar também os sonhos
Que ainda me restavam
E arrumei-os na bolsa de fora
Para estarem mais à mão
No acaso de se virem a realizar
Na minha mala de viagem
Por isso
Também lá meti as saudades
Que me chegaram
Com o vazio deixado
Por alguém muito querido
Só faltava a esperança
Que tinha perdido algures
Entre o sonho e a realidade
Mas que me apareceu de novo
Assim como que por magia...
Quando já não a esperava
Arrumei-a com cuidado
Para que não se amarrotasse
Juntei as promessas todas
E misturei-as com as mentiras
Que me ofereceram um dia
Meti tudo no mesmo saco
Que não meti na mala...
Deitei-o fora!
Sentada na paragem deserta
E enquanto espero pelo autocarro
Que tarda...
Faço contas à vida
Do que já passou
E do resto
Daquele que ainda me falta...
Somo tudo
E já é menos de
metade...
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
deixai-os entrar porque estou triste
Palhaço rico,
entre mágicos de lamé e malabaristas dos sete costados
coelhos gigantes e alados elefantes
plumas, tambores e serpentinas,
é o sinal certo de nada ter
e de tudo abarcar na hilariante traquinice
que lhe cabe na dourada alma
e que lhe toca no âmago do seu ser
.........................................
Palhaço pobre
entre suados trapezistas e rotas bailarinas
leões marinhos e cães-maravilha
super-homens e super-dores
boleros, Ravel e flamengos,
é a certeza incerta de tudo ter
e nada poder fazer para calar
o sorriso do triste
e a lágrima do folião
.....................................
Senhoras e senhores, o espectáculo vai COMEÇAR
Doença mortal
Pachos na testa, terço na mão, (Sátira aos HOMENS quando |
domingo, 20 de fevereiro de 2011
sábado, 19 de fevereiro de 2011
O eclipse da lua (reposição)
E a janela aberta.
A mata lá fora mais densa do que nunca.
Entrou no quarto uma mulher.
Belos cabelos negros, rosto anguloso, nariz um pouco aquilino e algumas sardas na pele queimada.
Olhos cor de mel, que na maioria dos dias eram amarelos, fendados, como os dos gatos.
O seu corpo esculpido a bisturi.
O seu nome Regina.
A sua paixão, seduzir.
Tinham-lhe falado na magia daquele quarto, onde os amores não aconteciam.
Veio vê-lo e escolheu-o.
Mandou-o limpar. A mata ficaria intacta.
Trouxe um guarda-jóias. Só.
O primeiro homem, muito jovem, que veio com ela ao quarto, chamava-se Artur. Não que isso tenha qualquer importância ou interesse. O homeme era um fantoche, todos o eram, para ela.
Ela vinha ali endeusar-se, seduzir, reduzir o homem apenas à sua condição de admirador... sem fuga.
Ela entregava-lhes o corpo, e gozava com a sua ausência, e com a entrega deles.
Nada levavam em troca.
Apenas permitia, deles, o toque no belo animal, que era. Aumentando até à exaustão o séquito de admiradores, o narcisismo, que era o traço mais nítido do seu carácter.
Também as jóias aumentavam. Eram o seu carácter exterior.
À medida que o quarto ia sendo visitado por Regina e pelo seu rol de homens febrilmente enfeitiçados, o quarto ia ficando cada vez mais como uma clareira, no meio de uma floresta selvagem.
Habitava nele o cheiro dos animais selvagens, e as suas paredes escuras pareciam ter recuado para a floresta.
Quem prescrutasse os fundos do quarto podia ter visto, neles, milhares de olhos ferinos nele emergentes. À espera...
Mas só enfeitiçados lá iam. E o enfeitiçado não vê o feitiço!
E Regina continuava e continuaria por muitos anos, enquanto houvesse bisturis, e "esculptores" e "reconstrutores", a seduir naquele quarto.
Fria, calculista, sedutora, com a sua bela presença feiticeira.
Um dia, quase quarenta anos depois, morta Regina, voltou Artur.
O quarto estava forrado a cinzas e as paredes eram a selva.
Artur saiu dali em liberdade.
Havia dado volta à sua prisão e verificou que já não existia.
Sorria...
O quarto canto (flores e frutos da memória)
agora passa lá uma estrada
que vai para os lados da memória
Esse mar
visto
a esta distância
tem menos fúria
que o lago da minha aldeia
Eu sei
porque falaste do mar
Dos amores inacabados
O quarto estava ermo.
Mais só do que nunca.
A noite entrava sem ser convidada
por entre as sombras daquele canto.
A colcha velha pairava de dia e no breu
...como capa de vida,
como solstício daquela esquina
onde uma mulher e um homem - mais sós do que todos os outros -
se amaram outrora em segredo, em surdina...
Os lençóis e as marcas nele deixadas já foram lavados,
os vestígios desses toques clandestinos perderam-se no tempo.
O quarto continuava sombrio,
o soalho sabia à saudade dos pés que o pisaram,
os móveis em castanho rangiam à passagem das horas...
Muitos anos depois,
ela voltou ali.
Sentiu o quarto ermo
E cheirou o perfume dele -
à pele curtida do suor que caíra sem aviso,
ao não que então dele ouvira,
quase sincero, quase solene...
Muitos mais anos depois,
ele voltou ali.
Cheirou o soalho molhado pela escuridão
E sentiu a presença dela -
o sim que ela esperava,
a resposta inesperada,
a felicidade adiada...
Ainda hoje quando ali volto,
o quarto continua ermo,
e de janela aberta,
até que outros nele queiram entrar,
na cama se deitar,
e tentar contar outra história...
Naquele quarto ermo, havia prisões e janelas abertas.
Portas sobretudo fechadas, com o maior dos despudores.
Havia olhos felinos, memórias de negro, rubis e ametistas de chibeque.
Não sei a maioria dos nomes das mulheres.
Nem dos homens.
Não os quero saber.
Quero-os vagos, imprecisos, voláteis, numa escrita de água que logo se apaga quando se constrói.
Os nomes dos reis e rainhas - porque Artur é nome de rei e Regina de rainha - ficam guardados no baú da memória daquele quarto ermo.
Cedo, mais cedo do que se supõe, haverá um outro passo errático que ali se dirigirá,
ali se deitará, ali amará, ali perecerá...
E no mural da parede dos fundos ficarão mais rostos projectados à espera de um perdão!
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
O terceiro canto
Não precisas de voltar só para me agradares,
e por pensares nos meus pesares.
Soletro sozinho a maresia que aprendi de ti,
naquelas horas em que a boneca loira saia desenfreada pela imaginação da louca da casa.
Quero-me só, agora, cheio da penumbra do areal que não vi mais
Quero-te longe, perto daquilo que sei que não voltarei a ter...
E ficam para ti, como restos do tudo que nunca tivemos,
as rosas loucas e rubras com que me espantaste os dias...
O segundo canto (desaparelhado)
O primeiro canto
Neste canto do mundo
a horas de um matinal entardecer
sinto-me perdido de todo
abismado com tudo
À minha passagem
range a madeira do estrado
que pende sobre aquele pedaço de rio
E ali
perto da água que me escapa
encontro a tua sombra
o teu preto-e-branco
a cor da tua ausência
Voltarás?
Esperarei sentado
até que a maré se volte a encher
e tu venhas até mim
montada numa anémona
dizendo-me em voz branda em voz solta:
"Levanta-te meu amor
que nada te espante
que nada te detenha
que nada te magoe
É que eu... já sou deste mar"
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Toque
Fui caído das estrelas,
cortei a ternura a meio,
sustive a respiração...
Até à próxima paragem da vida,
sem toques, sem chão,
longe do sim, farto do não.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
A sangrar (onde se fala de negro e de cisnes)
Quando salta para a morte como rainha cisne, salta à morte como Nina ― e nesse momento sua actuação é perfeita pelo sentimento, pelo modo como deixou o caos conduzi-la...
E também é perfeita pela técnica, pela reprodução precisa do gesto: havia nela, de facto o desespero do sonho perdido, que é o cerne de sentido da peça de Tchaikovsky, segundo o próprio filme nos diz quando mostra o ensaio da cena do suicídio.
É esta dor e essa perdição que existe no original, mas seríamos capazes de senti-la? Talvez seja este o potencial mais valoroso da produção de Darren Aronofsky: o sugerir que estamos, como Nina, alijados do sentido intenso da arte, que precisa do envolvimento, da aproximação deliberada: para chegar a ele, é necessário deixar que nos transforme.
Fui vê-la ontem à noite.
E vi-a dançar de alma negra, buscando a redenção num anjo bom e num segredo mau que lhe embala a vida.
NATALIE PORTMAN, o OSCAR deste ano.
A vida é um poema
Mas mesmo assim ela é vida.
banal.
mas vida.
Recebido com aclamação no Festival de Cannes – era um dos principais candidatos à Palma de Ouro – Um Ano Mais é um curioso objecto cinematográfico que poderá ser um catalisador de reacções em espectros bastante distantes entre si.
Mike Leigh sempre apostou numa espécie de realismo social, muito comum no cinema britânico, que desde cedo deu frutos. Começou especialmente desde “High Hopes” (1988), que apanhou o balanço do espírito do cinema independente (foi nomeado aos Independent Spirit Awards; veio a receber ainda mais quatro por outros filmes), mas foi com “Secrets & Lies (1996) e “Vera Drake” (2004) que o cineasta adquiriu o seu estatuto actual. Estes dois últimos filmes valeram-lhe desde nomeações ao Óscar de Melhor Argumento Original e Melhor Realizador, bem como aos prémios BAFTA, César, Goya, Festival de Veneza e até acabar por vencer a Palma de Ouro no Festival de Cannes.
Um Ano Mais é garantidamente um dos seus mais belos filmes, pois faz do realismo o seu apanágio.
Uma espécie de ode ao quotidiano, à banalidade da vida de um casal, ao passar do tempo, à vida. Tanto que durante grande parte da história não encontremos um único conflito, a não ser uma sucessão de acontecimentos banais, com maior ou menor grau de caricato, mas sempre na base da neutralidade, acabando por tomar aquela família normal como um microcosmos de todas as famílias.
É praticamente inevitável que a dada altura o espectador se identifique com alguma das situações ocorridas durante o filme, porque flui de forma tão natural que é como se estivéssemos a assistir a algo real. O casal protagonista é também ele curioso. Na verdade, estas personagens são anfitriões literais – os convidados em sua casa, ao longo de um ano, sucedem-se – mas também metafóricos, ao servirem de alpondra para que as verdadeiras questões levantadas pelo filme surjam.
O casal é puramente retórico durante toda a trama, quando confrontados pelos problemas e excessos dos seus convidados são analíticos na resposta, uma espécie de apoio moral sem nunca opinar verdadeiramente – Gerri é psicóloga/assistente social, daí se pode depreender a atitude. Não quer com isto dizer que as interpretações e o papel de Ruth Sheen e Jim Broadbent na trama, não seja de louvar. Ambos já colaboraram com o realizador em filmes anteriores e o seu carisma e profissionalismo são suficientes para engrandecer todo o filme. Ambos são vistos como “santos”, embora não seja realmente assim – perto do fim encontramos o principal conflito da história – mas funcionam sempre como catalisadores das histórias secundárias. Secundárias, mas não menos importantes.
Encontramos ainda em “Um Ano Mais” um das mais seguras e consistentes interpretações do ano – desprezada pela Academia – que se junta ao rol de grandes actrizes e personagens do cinema de Mike Leigh.
Lesley Manville, também habitual colaboradora do realizador, consegue aqui um desempenho notável – histérico e contrastante, perfeita composição de alguém em depressão, que oscila entre estados de euforia e momentos mais depressivos, culminando num clímax (ou anti-clímax?) brilhante.
Construído de uma forma simples, dividido entre estações do ano – Primavera, Verão, Outono, Inverno – um ciclo interminável, que se inicia com um nascimento e termina com uma morte como que a metaforizar o verdadeiro sentido da vida, Um Ano Mais prima pela fina barreira entre ficção e realidade a que Mike Leigh sempre nos habituou.
Sensível, comovente, tocante, natural e simples. Como a vida. A família, a amizade, a alegria, a pena, o amor, o conforto, a solidão, o tempo. É um poema sobre a vida.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Eva C.
Eva... ave
Entrego o pôr-do-sol nas tuas mãos
E procuro a mundividência fora dos teus olhos (embora por eles queira ver o mundo)
Sou um salteador de trovas perdidas
Domesticador do azul que de mim brota
Se te disserem que não te mereço
Pensa que o azul sempre se deu bem com o fogo que te amarrota...
Sabes, esperarei sempre por ti, mesmo que chegues a horas pardas!
(14.2.2011)
No dia deles...